Sexta-feira, 18 de Setembro de 2015
Segurança do Trabalho
Décima Segunda aula do professor Marcus Aurélio (aurélio384@gmail.com)
Download do arquivo da aula de hoje >>> SST_AULA_6
Segurança é usar de bom senso sempre.
Primeiros Socorros
Primeiros Socorros ou Socorro Básico de Urgência
- A recuperação de uma vítima de um acidente depende da rapidez com que ela recebe os primeiros atendimentos. Para tanto, é necessário conhecer um pouco sobre esses procedimentos.
- A recuperação de uma vítima de um acidente depende da rapidez com que ela recebe os primeiros atendimentos. Para tanto, é necessário conhecer um pouco sobre esses procedimentos.
- Lembramos que o socorro final deve sempre ser prestado por equipe médica especializada e que os primeiros socorros são apenas procedimentos para manter a vítima estável até a chegada dos especialistas.
- Os primeiros socorros ou socorro básico de urgência são as medidas iniciais e imediatas dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa, treinada, para garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes.
- A prestação dos primeiros socorros depende de conhecimentos básicos, teóricos e práticos por parte de quem os está aplicando.
- O restabelecimento da vítima de um acidente, seja qual for sua natureza, dependerá muito do preparo psicológico e técnico da pessoa que prestar o atendimento.
- O socorrista deve agir com bom senso, tolerância e calma.
- O primeiro atendimento mal sucedido pode levar vítimas de acidentes a sequelas irreversíveis.
Ferimentos:
Ferimentos leves
Procedimento:
- Lave bem as mãos. Sempre use luvas.
- Limpe o ferimento com bastante água corrente e sabão.
- Não tente retirar farpas, cacos de vidro ou partículas de metal do ferimento, a menos que saiam facilmente durante a limpeza.
- Não toque no ferimento com os dedos nem com lenços usados ou outros materiais sujos.
- Proteja o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo, sem apertar.
- Mude o curativo quantas vezes forem necessárias para mantê-lo limpo e seco.
- Verifique se o paciente é vacinado contra o tétano. Em caso de dúvida, procure o médico.
- Se, posteriormente, o ferimento ficar dolorido ou inchado, procure orientação médica. É sinal de infecção.
Ferimentos externos ou profundos
- Caso haja sangramento, siga as instruções referentes a Hemorragia.
- Os ferimentos extensos ou profundos necessitam de atenção médica urgente, principalmente se:
- As bordas do ferimento não se juntam corretamente.
- Há presença de corpos estranhos.
- Pele, músculos, nervos ou tendões estão dilacerados.
- Há suspeita de penetração profunda do objeto causador do ferimento (faca, prego, etc.).
- O ferimento é no crânio ou na face;
- A região próxima ao ferimento não tem aparência nem funcionamento normal.
NÃO aplique algodão ou esparadrapo sobre qualquer ferimento.
Queimaduras
É qualquer lesão provocada no organismo por ação do calor.
- Provoca queimadura o contato direto com:
- Chama, brasa ou fogo.
- Vapores quentes.
- Líquidos ferventes.
- Sólidos superaquecidos ou incandescentes.
- Também causam queimaduras:
- Substâncias químicas (ácidos, soda cáustica, fenol, nafta, etc.).
- Substâncias radioativas.
- Radiação infravermelha e ultravioleta (em aparelhos, laboratórios ou devido ao excesso de raios solares).
- Baixas temperaturas.
Queimaduras externas
Classificam-se em:
- Superficiais: atingem a 1ª camada da pele (1º grau).
- Profundas: destroem totalmente a pele (2º e 3º graus).
Procedimento de queimaduras superficiais:
Trate como se fosse um ferimento leve.
Lave e mantenha a área queimada sob água corrente para resfriamento.
Não coloque pomadas, creme dental, etc.
Procedimento de queimaduras profundas:
Não fure as bolhas.
Não arranque, nem solte roupas coladas à queimadura.
Quando necessário, recorte as roupas em volta da ferida.
Ofereça líquidos, quando o acidentado estiver consciente.
Encaminhe a vítima para atendimento médico.
Quanto maior a área da pele queimada, mais grave é o caso.
O procedimento tem por objetivo:
Prevenir estado de choque.
Controlar a dor.
Evitar contaminação
Queimaduras por agentes químicos
Procedimento:
- Lave a área atingida com bastante água.
- Aplique jatos de água enquanto retira as roupas do acidentado.
- Proceda como nas queimaduras superficiais, prevenindo o choque e a dor.
NÃO aplique unguentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em queimaduras externas.
NÃO retire corpos estranhos ou graxas das lesões.
Queimaduras nos olhos
Podem ser produzidas por substâncias irritantes: ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta.
Procedimento:
- Lave os olhos da vítima durante vários minutos, se possível, com soro fisiológico.
- Tampe o olho atingido com gaze ou pano limpo.
- Leve a vítima ao médico o mais rápido possível.
Hemorragia
- É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, veia ou artéria.
- Toda hemorragia deve ser contida imediatamente. A hemorragia intensa, e não controlada, pode causar morte no período de 3 a 5 minutos.
Procedimento:
- Não perca tempo! Pare a hemorragia.
- Não esqueça de usar luvas.
- Use uma compressa limpa e seca: gaze, pano e/ou lenço limpo.
- Coloque a compressa sobre o ferimento.
- Pressione com firmeza.
- Use atadura, tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha à mão para amarrar a compressa e mantê-la bem firme no lugar.
- Caso não disponha de compressa, feche a ferida com o dedo ou com a mão, evitando uma hemorragia intensa.
Suspeitas de hemorragia interna
- Aperte fortemente com o dedo ou com a mão de encontro ao osso nos pontos onde a veia ou a artéria é mais fácil de ser encontrada.
- Quando o ferimento for nos braços ou nas pernas e sem fratura, a hemorragia será controlada mais facilmente se a parte ferida ficar elevada.
- Em caso de hemorragia intensa em braços e pernas, aplique um torniquete. Os torniquetes são usados para controlar a hemorragia, quando o acidentado teve braços ou pernas mutilados, esmagados ou dilacerados.
- Desaperte gradualmente o torniquete a cada 10 ou 15 minutos. Se a hemorragia não voltar, deixe torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser reapertado em caso de necessidade.
- Nunca dê bebidas alcoólicas ao acidentado.
A hemorragia interna é resultante de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos. O sangue não aparece, mas a pessoa apresenta:
- Pulso fraco.
- Pele fria.
- Suores abundantes.
- Palidez intensa.
- Além disso, pode estar inconsciente (estado de choque).
O que fazer:
- Mantenha a vítima deitada (a cabeça mais baixa que o corpo). Quando houver suspeita de fratura do crânio ou de derrame cerebral, a cabeça deve ser mantida elevada.
- Aplique compressas frias ou saco de gelo no ponto atingido.
- Conduza, o mais rapidamente possível, ao socorro médico.
Hemorragia nasal
Procedimento:
- Ponha o paciente sentado, com a cabeça voltada para frente. Aperte-lhe a narina durante 10 minutos.
- Caso a hemorragia não ceda, coloque um tampão de gaze dentro da narina e um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, use um saco de gelo.
- Se a hemorragia continuar, o socorro médico é necessário.
Lesões de ossos, articulações e músculos
Fratura
Sinais e sintomas:
- Dor intensa.
- Impossibilidade de movimentar a região afetada.
O que fazer:
- Imobilize o local da fratura e também as articulações próximas, acima e abaixo do local.
- Para imobilizar, recorra a talas de papelão, cabos de vassouras, bengala, galho de árvore.
- As talas deverão ter o comprimento suficiente para ultrapassar as articulações acima e abaixo da fratura. Deverão ser amarradas com ataduras, no mínimo, em quatro pontos: abaixo da articulação e abaixo da fratura; acima da articulação e acima da fratura.
- Conduza ao socorro médico.
Contusões e distensões
São lesões provocadas por pancada ou torção sem ferimento externo. Quando o local da contusão fica arroxeado, é sinal de que houve hemorragia ou derrame por baixo da pele. O acidentado sente dor, e o local fica inchado.
O que fazer:
Imobilize e deixe a parte afetada em repouso.
A partir do segundo dia, use compressas de água quente para apressar a cura.
Se a contusão for grave, consulte um médico.
Luxação
- É o deslocamento de um ou mais ossos da posição normal que ocupa na articulação.
- A pessoa apresenta dor, deformação e inchação no local. Toda vez que os ossos de uma articulação ou junta saírem do seu lugar, proceda como no caso de fraturas fechadas.
O que fazer:
- Imobilize como nos casos de fratura.
- Não faça massagens no local lesado.
- Procure auxílio médico.
Desmaio
É a perda temporária e repentina da consciência, provocada em geral por emoções súbitas, fadiga, fome, nervosismo.
O que fazer:
- Deite a pessoa de costas e levante suas pernas.
- Afrouxe-lhe as roupas.
- Mantenha o ambiente arejado.
- Aplique-lhe panos frios no rosto e na testa.
- Se o desmaio durar mais de um ou dois minutos, agasalhe o paciente e procure um médico.
Estado de choque
- É o estado de depressão de vários órgãos do organismo devido a uma falha circulatória, podendo levar a morte.
O que fazer:
- Controle ou evite a causa do estado de choque.
- Conserve a vítima deitada.
- Afrouxe-lhe as roupas.
- Retire da boca secreções, dentaduras ou qualquer objeto.
- Inicie a massagem cardíaca externa se houver ausência de pulso e dilatação das pupilas.
- Vire a cabeça da vítima para o lado, caso haja vômitos.
- Mantenha a cabeça da vítima sempre mais baixa que o corpo.
NÃO dê líquidos à pessoa inconsciente ou semiconsciente.
NÃO dê líquidos, caso suspeite de lesão abdominal.
NÃO dê bebidas alcoólicas.
Choque elétrico
- Choque elétrico é a passagem de corrente elétrica pelo corpo, quando em contato com material eletrificado.
O que fazer:
- Interrompa imediatamente o contato da vítima com a corrente elétrica.
- Para isso, utilize material não-condutor bem seco (pedaço de pau, cabo de vassoura, borracha e/ou pano grosso), ou desligue a eletricidade.
- Certifique-se de estar pisando em chão seco, se não estiver usando botas de borracha.
- Proteja as áreas da queimadura,.
- Verifique respiração e pulso. Se não sentir nenhum destes, comece a reanimar a vítima, pois devido ao choque elétrico, pode ocorrer parada cardíaca e respiratória.
- Leve a vítima ao médico.
Corpo estranho nos olhos e ouvidos
- Corpo estranho nos olhos
- São pequenas partículas de poeira ou grãos diversos que se alongam nos olhos. A pessoa apresenta dor ou ardência, lacrimejamento e vermelhidão no olho atingido.
O que fazer:
- Abra bem o olho do acidentado e lave com água limpa ou soro fisiológico.
- Faça a vítima piscar
- Se não conseguir remover o corpo estranho com facilidade, proteja ambos os olhos com gaze ou pano limpo e caminhe a pessoa ao médico
- Nunca esfregue o olho nem use colírio anestésico.
Corpo estranho nos ouvidos
São pequenas partículas ou insetos que se introduzem nos ouvidos.
O que fazer:
- Não tente retirar o corpo estranho com nenhum objeto (grampo, arame, alfinete, cotonete, etc.).
- Em caso de pequenos insetos, coloque algumas gotas de óleo comestível no ouvido a fim de imobilizar e matar o inseto.
- Procure socorro médico.
Convulsão
- É a perda súbita de consciência, acompanhada de contrações musculares bruscas e involuntárias, conhecida popularmente como “ataque”.
O que fazer:
- Coloque a vítima deitada de costas.
- Proteja-lhe a cabeça e vire-a para o lado.
- Introduza um pedaço de pano ou lenço limpos entre os dentes para evitar mordeduras na língua.
- Afaste qualquer objeto para que não se machuque.
- Afrouxe-lhe as roupas e deixe-a debater-se livremente.
- Não dê tapas na pessoa nem jogue água sobre ela.
- Procure um serviço médico após a recuperação da consciência, para orientação e tratamento.
Parada cardíaca e respiratória
- É a parada dos batimentos do coração e da respiração.
- Para saber se o paciente teve uma parada cardíaca, sinta a pulsação nos punhos, na região do pescoço (carótida) ou na virilha (femural).
- A parada respiratória leva à morte num período de 3 a 5 minutos.
O paciente apresenta:
- Ausência de movimentos respiratórios (está completamente imóvel).
- Unhas e lábios roxos.
- Ausência de pulso e batimentos cardíacos.
- Pupilas dilatadas.
- Quando você fizer uma massagem cardíaca externa, use parte da mão. É com ela que você deverá pressionar a metade inferior do osso que fica na frente e no centro do tórax (o esterno).
O que fazer:
- Deite a vítima de cabeça para cima, sobre uma superfície plana.
- Levante o queixo do paciente e posicione a sua cabeça de forma a esticar o pescoço, forçando-o para cima.
- Retire objetos que possam impedir a entrada de ar pela boca (dentadura e pontes).
- Se não houver resposta (respiração espontânea), inicie respiração boca a boca.
Respiração boca a boca
Procedimentos:
- Feche as narinas da vítima com o polegar e o indicador para não deixar saída de ar. Sopre até encher de ar o peito do paciente.
- Faça massagem cardíaca.
Massagem cardíaca
Procedimento:
- Coloque as mãos espalmadas, uma sobre a outra, em cima do peito do indivíduo.
- Pressione energicamente o tórax da vítima. Para isso, coloque o peso do seu próprio corpo sobre as suas mãos.
- Faça esses movimentos 70 a 80 vezes por minuto. Podem ser feitas ao mesmo tempo, por dois indivíduos, massagem cardíaca e respiração.
- A força a ser aplicada dependerá da estrutura física da vítima.
- Aplique a massagem intercalada à respiração boca a boca. Para cada 30 massagens cardíacas, sopre duas vezes na boca do paciente, enchendo-lhe os pulmões de ar.
Afogamento
Antes de qualquer socorro ao afogado, observe:
- Se existem correntezas.
- O tamanho e o peso da vítima.
- O estado da vítima (móvel, parada ou debatendo-se).
- Tome cuidado para não afogar-se também.
- Retire a vítima da água.
O que fazer:
- Deite a vítima de costas, se possível, com a cabeça mais baixa que o corpo.
- Inicie a respiração boca a boca.
- Vire a cabeça da vítima para o lado, se ela vomitar.
- Execute a massagem cardíaca externa, se a vítima apresentar ausência de pulso.
- Remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo.
Lesões na coluna
- A vítima com lesão na coluna, geralmente apresenta insensibilidade e dificuldades em movimentar os membros.
O que fazer:
- Não toque e não deixe ninguém tocar na vítima.
- Não vire a pessoa com suspeita de fratura de coluna.
- Observe atentamente a respiração e o pulso. Esteja pronto para iniciar as manobras de ressuscitação.
Ao transportar a vítima, tome os seguintes cuidados:
- Use sempre maca. Na sua falta, use uma tábua, bagageiro ou o próprio assento do banco traseiro de algum veículo ou qualquer objeto plano rígido.
- Remova a vítima para a maca, adotando-se o método de três pessoas.
- Carregue-a mantendo o seu corpo reto.
- A cabeça, o ombro, a bacia e as pernas deverão ficar apoiadas nos braços dos socorristas.
- Evite balanços e freadas bruscas.
- Use lençóis ou travesseiros no apoio do pescoço e das costas.
- A cabeça, o ombro, a bacia e as pernas deverão ficar apoiadas nos braços dos socorristas.
- Evite balanços e freadas bruscas.
- Use lençóis ou travesseiros no apoio do pescoço e das costas.
Transporte de acidentados
- A remoção da vítima deve ser feita com o máximo de cuidado para evitar que as lesões se agravem.
Antes da remoção, se necessário:
- Controle hemorragias.
- Previna estado de choque.
- Inicie respiração boca a boca.
- Execute massagem cardíaca externa.
Como levantar a vítima com segurança:
- Antes de levantar o ferido, verifique as lesões, principalmente, com relação a possíveis danos à coluna vertebral. Cada parte do corpo deve ser apoiada.
- A movimentação e o transporte devem ser feitos com cuidado para não agravar as lesões.
- A maca é o melhor meio de transporte.
Como improvisar uma maca:
- Pegar 2 cabos de vassoura, galhos de árvores, guarda-chuvas ou qualquer material semelhante e resistente. Pegar 2 paletós (guarda-pós, camisas, etc.). Enfiar as mangas para dentro, abotoá-las inteiramente e enfiar os cabos pelas mangas.
- Enrolar uma toalha grande ou cobertor em torno dos dois cabos.
- Também podem ser utilizadas tábuas, portas ou poltronas leves.
Diferentes tipos de transporte
- Transporte de apoio: utilizado quando a vítima está consciente e pode andar.
- Transporte de cadeirinha: quando a vítima está consciente, mas não pode andar.
- Transporte em cadeiras.
- Transporte em braços.
- Transporte nas costas.
- Transporte pela extremidade.
- Os quatro últimos tipos de transporte são utilizados para transportar pacientes conscientes e inconscientes. Porém, não servem para transportar pacientes com suspeita de fraturas ou outras lesões graves.
Insolação
Ocorre devido à ação direta dos raios solares sobre o indivíduo. A pessoa apresenta:
- Intensa falta de ar.
- Dor de cabeça, náuseas e tontura.
- Temperatura do corpo elevada.
- Pele quente, avermelhada e seca.
- Extremidades arroxeadas.
- Inconsciência.
O que fazer:
- Remova o paciente para lugar fresco e arejado.
- Coloque-o deitado com a cabeça elevada.
- Coloque compressas frias sobre sua cabeça e envolva o corpo com toalhas molhadas.
- Encaminhe a vítima de insolação objetivando baixar a temperatura do corpo, de modo progressivo.
Intermação
- Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não-arejados (fundições, padarias, caldeiras, etc.).
A pessoa apresenta:
- Palidez
- Dor de cabeça e náuseas.
- Suor intenso.
- Tontura e inconsciência.
- O socorro à vítima de intermação tem a finalidade de baixar a temperatura do corpo, de modo progressivo.
O que fazer:
- Remova o paciente para lugar fresco e arejado.
- Deite-o com a cabeça elevada.
- Coloque compressas frias sobre a cabeça e envolva o corpo com toalhas molhadas.
- Encaminhe-o ao médico.
Envenenamento e intoxicação
Venenos ou tóxicos são substâncias que, em contato com o organismo, podem levar à morte. Casos em que se deve suspeitar de envenenamento:
- Cheiro de veneno no hálito.
- Mudanças de cor dos lábios e da boca.
- Dor ou sensação de queimadura na boca e na garganta.
- Estado de inconsciência, de confusão mental ou mal estar.
O que fazer:
- Transporte rapidamente a vítima para um pronto socorro.
- Tome as medidas de primeiros socorros específicas para cada caso.
Ingestão de medicamentos
A ingestão de doses elevadas de medicamentos pode levar à intoxicação.
O que fazer:
- Inicie imediatamente a respiração boca a boca.
- Provoque vômito, fazendo a vítima beber: água morna ou água com sal ou água com sabão ou ainda passe levemente o dedo indicador ou um cabo de colher na garganta da vítima.
Ingestão de produtos químicos
- A ingestão de produtos químicos (soda cáustica, querosene, gasolina, removedor, ácidos, solventes, etc.), pode provocar estado de inconsciência.
O que fazer:
- Não provoque vômitos.
- Não deixe a vítima caminhar.
- Não dê álcool à vitima.
- Não dê azeite ou óleo.
- Procure um médico com urgência.
Aspiração de venenos
- A vítima apresenta tosse, chiadeira (falta de ar).
O que fazer:
- Carregue a vítima para um lugar arejado.
- Não a deixe caminhar.
- Aplique respiração boca a boca, se necessário.
Envenenamento através da pele
Pode provocar lesão da pele e intoxicação.
O que fazer:
- Lave a pele com água corrente.
- Aplique jatos d’água sobre a pele enquanto retira as roupas da vítima.
- Aja com rapidez, para evitar que a lesão aumente e a pele absorva mais veneno.
Animais peçonhentos e mordedura por animais
- Animais peçonhentos são aqueles que injetam no organismo humano substâncias tóxicas. Sã eles: cobras venenosas, escorpiões e aranhas.
- Picada de cobra venenosa
- É um acidente agudo e de evolução rápida. Deverá ser tratado nos primeiros 30 minutos após o acidente.
- Sinais e sintomas:
- Dor.
- Inchaço.
- Manchas roxas.
- Hemorragia.
O que fazer: Não perca tempo.
- Leve, se possível, a cobra causadora do acidente (viva ou morta) para identificação.
- Deite a vítima o mais rápido possível.
- Leve imediatamente para o posto de saúde mais próximo, com a mínima movimentação possível
- Aplique compressa de gelo no local.
- Não dê álcool, nem querosene, nem infusões ao acidentado.•
- Jamais corte a pele para extrair o sangue.
Tratamento para picada de cobra | |||
Cobra | Soro | ||
Desconhecida | Antiofídico (polivalente) | ||
Jararaca | Antibotrópico (polivalente) ou antiofídico | ||
Cascavel | Anticrotálico (polivalente) ou antiofídico | ||
Surucucu | Antilaquético (polivalente) ou antiofídico | ||
Coral verdadeira | Antielapídico (polivalente) ou antiofídico | ||
Diferenças entre cobras venenosas e não venenosas | |||
Venenosa | Não venenosa | ||
Cabeça | Triangular | Arredondada | |
Pupila | Vertical | Circular | |
Fosseta lacrimal | Possui | Não possui | |
Escamas | Desenhos irregulares | Desenhos simétricos | |
Cauda | Curta, afinada abruptamente | Longa, afinada gradativamente | |
Dentes | Duas presas no maxilar superior | Dentes pequenos, mais ou menos iguais | |
Picada | Com uma ou duas marcas mais profundas | Orifícios pequenos, mais ou menos iguais |
Picada de escorpião e de aranha
A vítima apresenta:
- Dor no local da picada, podendo passar para as áreas vizinhas.
- Queda rápida de temperatura.
- Suor intenso.
- Náuseas e vômitos.
O que fazer:
- Lave o local atingido com água e sabão.
Mordedura de animais
- Qualquer tipo de mordedura ou arranhão causado por animais pode transmitir raiva. A raiva é transmitida por cão, gato, morcego e animais silvestres (raposa, macaco, etc.).
Tratamento
- Não existe tratamento para raiva ou hidrofobia. Portanto, é fundamental o tratamento preventivo, após a mordedura.
O que fazer:
- Lave o ferimento com água e sabão.
- Procure um médico para que ele avalie o tipo de lesão e oriente sobre o tratamento a ser instituído.
Medidas a serem tomadas em relação ao animal agressor:
- Todo animal agressor é suspeito de raiva.
- Todo o animal silvestre é considerado raivoso.
- Não sacrifique o animal agressor. Mantenha-o preso.
- O animal agressor (cão ou gato) deverá ser observado por um período de dez dias, mesmo que já tenha sido vacinado contra raiva.
- O período de observação de dez dias somente se aplica a cães e gatos domésticos.
- Nos outros casos, deve ser iniciada a vacinação anti-rábica no ferido.
FIM